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Os venenos estão amplamento distribuídos pela natureza, e a humanidade sempre tentou tirar partido destes para seu próprio proveito. Exemplo disso é o uso de algumas espécies do género Strychnos, que foram e ainda são utilizadas em algumas zonas de África como armas não apenas para procurar comida e roupas mas também para prevenir o ataque dos animais selvagens. [11]

 

Além disso, a brucina foi usada na prática de homicídio, já retratado num famoso filme de Hollywood, ‘The Mechanic’, realizado no ano de 1972 por Charles Bronson e Jan-Michael Vincent.[1]

 

 

 

 

Mecanismo de Toxicidade

 

A brucina como a estricnina competem com a glicina pelo recetor pós sináptico dos neurónios motores da medula espinal. Isto leva a um efeito excitatório das células córneas que provoca espasmos musculares severos e convulsões. A continuações destes sintomas ameaça a vida dos sujeitos intoxicados podendo levar à rabdomiólise, devido ao dano no esqueleto muscular. [12]

 

 

 

 

O CYP3A4 é a isoforma mais abundante no fígado humano. Esta enzima é a responsável pelo metabolismo da brucina nos microssomas de fígado humano, enquanto que as outras isoformas estão consideravelmente menos ativas. Estudos mostram que concentrações inferiores a 10 microM inibem significativamente CYP3A4 de forma competitiva. [13]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela adaptada de In vitro metabolism of brucine by human liver microsomes and its interactions with CYP substrates.

 

 

Estudos mostram ainda que a interação entre fármacos associados à indução ou inibição de enzimas CYP estão relacionados com a maior parte de efeitos secundários no Homem. [13]

 

 

The Mechanic (1972)

 CYP3A4

Toxicidade[9]

 

Pode ser fatal caso seja ingerida ou inalada.

 

DL50 oral ratos - 150mg/kg

DL50 intravenoso rato- 12mg/kg

 

Dose letal provável no humano é 1g. 

[1] Philippe G, Angenot L, Tits M, Frédérich M. About the toxicity of some Strychnos species and their alkaloids. Toxicon. 2004; 44(4):405-416

[9]  Toxnet : http://chem.sis.nlm.nih.gov/chemidplus/rn/357-57-3 consultado a 27 de Maio de 2014

[11] Malone MH, John-Allan KMS, Bejar E. Brucine lethality in mice. Journal of Ethnopharmacology. 1992; 35: 295-297

[12] Gosselin RE, Smith RP, Hodge HC, Braddock JE. Clinical Toxicology of Commercial Products. Williams & Wilkins. 1984; 5: 1976 - 1783

[13] Li X, et al. In vitro metabolism of brucine by human liver microsomes and its interactions with CYP substrates. Chemico-Biological Interactions. 2013; 204:140–143

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